Laise Vieira de Andrade, encontrada morta em quarto de hotel em Piracicaba
Reprodução/EPTV
Vai a júri popular nesta terça-feira (5), o acusado de matar Laise Vieira de Andrade, de 33, anos, em um quarto de hotel de Piracicaba (SP). Marcelo Maciel responde pelo crime na prisão.
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O crime ocorreu em 29 de novembro de 2022. De acordo com funcionários, o casal iniciou a hospedagem no hotel em 17 de novembro e prorrogou a estadia por algumas vezes sob justificativa de que a casa deles estava em obra.
Câmeras de segurança mostram o homem de saída, no térreo do hotel (assista ao vídeo abaixo). Segundo relatos à Polícia Civil, ele afirmou a funcionários do estabelecimento que Laise estava descansando e não era para incomodá-la.
Após deixar a hospedagem, imagens de outra câmera mostram ele correndo por uma rua nas imediações.
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SInais de asfixia
A vítima foi encontrada no quarto, já sem vida, com sinais de asfixia. De acordo com relato dos policiais civis que localizaram o corpo, o cômodo estava bagunçado e o interfone teve os fios cortados.
De acordo com a Polícia Civil, após sair do hotel, Maciel foi ao escritório de seu advogado, onde assumiu o crime, e depois fugiu.
O advogado ligou para a delegada Olívia dos Santos Fonseca, da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Piracicaba, e informou sobre a confissão.
O suspeito foi preso três dias depois. Segundo o cabo Padron, da Força Tática da Polícia Militar, ele ficou escondido em uma casa abandonada e sem móveis, dormindo em um colchão, até decidir se entregar.
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Polícia Civil
Ciúmes motiveram crime, diz acusação
De acordo com a acusação, os dois mantinham um relacionamento amoroso e o crime foi cometido porque o acusado não aceitava que Laise mantivesse contato com outros homens.
Marcelo foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) por feminicídio por motivo torpe, com emprego de meio cruel e com recurso que dificultou a defesa da vítima, e também por tortura.
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O que dizem os advogados do caso
Advogado de defesa de Maciel, José Silvestre da Silva afirma que ele admite o crime, está arrependido e alega que foi extorquido pela vítima. Também diz que o desentendimento não foi conjugal, como afirmado pela polícia, mas por causa das supostas extorsões.
Durante o trâmite da ação, o defensor informou que desejava que uma junta psiquiátrica avaliasse se as supostas ameaças teriam influenciado o homicídio. Nesta terça-feira (5), Silvestre afirmou ao g1 que o pedido não foi aceito pela Justiça.
Os advogados Rita de Cássia Barbuio, José Roberto Pereira e Natália de Paula Medeiros, que são assistentes de acusação e representam a família de Laise no caso, ressaltaram que foi comprovado que o caso se trata de homicídio e que foi identificado o autor. Também afirmaram que a vítima foi “cruelmente morta”.
Ainda relataram que, antes dos fatos, a vítima já havia solicitado medida protetiva diante da violência do acusado e que os argumentos apresentados em sua defesa não foram provados durante o andamento do processo.
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Rodrigo Pereira/g1
Medida protetiva
A Polícia Civil localizou um boletim de ocorrência de ameaça registrado pela vítima em 2022, quando ela solicitou medidas protetivas de urgência.
No entanto, também conforme o boletim de ocorrência, a medida protetiva foi revogada pela Justiça após informação da Ronda Patrulha Maria da Penha de que o casal estava mantendo contato por livre e espontânea vontade de ambos.
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