Rio Acre continua baixando na capital, mas famílias de áreas atingidas seguem em abrigos

Parque de Exposições Wildy Viana será aberto nesta quarta-feira (12) e também receberá famílias. Nível reduziu 14 centímetros em 24h e segue acima da cota de transbordo. No interior do estado, o Rio Juruá também teve redução na terça-feira (11). Cheia Rio Acre em Rio Branco
Pedro Devani/ Secom
O Rio Acre segue com a vazante iniciada nessa terça-feira (11) e teve redução de 14 centímetros nas últimas 24h. De acordo com a medição da Defesa Civil de Rio Branco, o nível marcou 14,21 metros às 6h desta quarta-feira (12).
Desde o meio-dia de terça, o nível teve reduções seguidas, mas segue acima da cota de transbordo, que é de 14 metros.
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🔎 Contexto: o Rio Acre ultrapassou a conta de transbordo na segunda-feira (10) em Rio Branco, com 14,06 metros. Naquele dia, 47 pessoas estavam desabrigadas e outras 11 estavam desalojadas.
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Famílias seguem em abrigos na capital
Reprodução Rede Amazônica
Mesmo com o início de vazante, 61 pessoas de 16 famíilias seguem nos abrigos abertos pela prefeitura segundo a Defesa Civil Municipal. Além das escolas que haviam sido utilizadas como primeiros locais para receber os moradores de áreas atingidas pelas águas, o abrigo no Parque de Exposições Wildy Viana será aberto e também receberá moradores.
O espaço, nomeado como Parque Abrigo, costuma ser utilizado para a acomodação de famílias afetadas pelas enchentes na capital. A Defesa Civil ainda não informou quantas pessoas já foram levadas ao local nesta quarta.
Mais de 20 famílias estão desabrigadas e 13 bairros foram atingidos pela cheia do Rio Acre
Atenção
Em entrevista à Rede Amazônica ainda nessa terça, o coordenador da Defesa Civil municipal, Cláudio Falcão disse que até o dia 17 de março há previsão de muita chuva, o que pode provocar uma nova elevação de rios e igarapés.
Na noite de segunda-feira (10), o governo do Acre decretou situação de emergência em razão da cheia dos rios Acre, Juruá, Purus e Envira, que ultrapassaram as cotas de transbordo. O decreto foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Estado (DOE) e tem validade de 180 dias.
O rio transbordou na capital na segunda-feira (10). No dia anterior, equipes do Corpo de Bombeiros do Acre, da Defesa Civil Municipal e do governo começaram a retirar famílias indígenas do bairro da Base.
Um dos abrigos foi montado pela Secretaria extraordinária de Povos indígenas (Sepi) dentro da Escola Madre Hidelbranda da Pra, que fica no Bairro 15, para atender 29 indígenas que moram no bairro Base, um dos primeiros afetados pela cheia.
Cheia do Rio Acre em Rio Branco
Pedro Devani/ Secom
Bairros afetados em Rio Branco:
Base
Airton Sena
Cadeia Velha
Baixada da Cadeia Velha
6 de agosto
Baixada da Habitasa
Cidade Nova
Triângulo Velho
Taquari
Palheiral
Aeroporto Velho
Adalberto Aragão
Bairro 15
A Energisa, empresa responsável pela distribuição de energia elétrica no Acre, informou que ainda não há notificações para desligamento de energia nos bairros afetados pela cheia. Contudo, as equipes monitoram a situação.
Rios no interior do Acre
Outro município em situação preocupante quanto ao nível de rios é Cruzeiro do Sul, onde o Rio Juruá, que também transbordou, teve redução nas últimas medições. A diminuição, porém, foi mínima, de apenas um centímetro, saindo de 13,36 metros para 13,35 metros Às 6h desta quarta, segundo a Defesa Civil do município.
O Rio Acre teve aumento em Porto Acre, onde também transbordou, e está com 12,80 metros, sendo que a cota de transbordo é de 12,50 metros.
Na Bacia do Rio Acre o nível do rio está abaixo da cota de transbordamento nos municípios de Assis Brasil, Brasileia, Epitaciolândia, Xapuri e Capixaba.
Na Bacia do Rio Purus, Sena Madureira e Manoel Urbano também estão abaixo da cota de transbordamento.
Em Plácido de Castro, outro município com transbordamento, o Rio Abunã saiu de 13,03 metros para 12,92 metros, acima da cota de transbordo que é de 12,50 metros. No município, duas famílias foram retiradas de casa.
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