Montagem com logos do Telegram e do Whatsapp.
Shamil Zhumatov/ Reuters
A Rússia anunciou restrições ao acesso de usuários aos aplicativos de mensagens WhatsApp e Telegram dentro do país.
O país começou a restringir os apps nesta quinta-feira (14), após anunciar a medida na quarta-feira (13) com o argumento de que as empresas se recusaram a fornecer dados sobre conversas de usuários que a Rússia considera terroristas.
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“Com o objetivo de combater os criminosos, estão sendo tomadas medidas para restringir parcialmente as chamadas nestes aplicativos de mensagem estrangeiras (WhatsApp e Telegram)”, afirmou o órgão de controle das comunicações Roskomnadzor, citado pelas agências de notícias RIA e TASS.
Os aplicativos de mensagens se tornaram “os principais serviços de voz utilizados para fraude e extorsão, e para envolver cidadãos russos em atividades subversivas e terroristas”, acrescentou o órgão de controle.
Ao reagir a esta medida, o Telegram afirmou em um comunicado que “luta ativamente contra o uso indevido de sua plataforma” e elimina “milhares de conteúdos nocivos todos os dias”.
Um porta-voz do WhatsApp garantiu, por sua vez, que a plataforma, propriedade da Meta, “é um serviço de mensagens privadas, criptografado de ponta a ponta, que resiste às tentativas dos governos de violar o direito das pessoas a uma comunicação segura”.
“Por isso, a Rússia está tentando bloqueá-lo para mais de 100 milhões de russos”, acrescentou.
Ucrânia afirma que Rússia prepara nova ofensiva contra o país
Moscou quer que os aplicativos de mensagem forneçam acesso aos dados para as forças de segurança, não somente para investigações de fraude, mas também sobre atividades que a Rússia considera terroristas.
“O acesso às chamadas em aplicativos de mensagem externos será restaurado depois que [os apps] começarem a cumprir a legislação russa”, informou o Ministério Digital da Rússia.
Desde o lançamento de sua ofensiva na Ucrânia, a Rússia vem restringindo a liberdade de imprensa e a liberdade de expressão on-line.
Os serviços de segurança russos afirmam com frequência que Kiev utiliza o Telegram para recrutar pessoas ou cometer atos de sabotagem na Rússia.