Leondidas Júnior, primeiro suplente do PSB, assume a vaga da colega de partido, presa desde abril sob acusação de corrupção eleitoral e organização criminosa. Leondidas Júnior, primeiro suplente do PSB na Câmara de Teresina
Divulgação/Ascom
O primeiro suplente do PSB na Câmara de Teresina, Leondidas Júnior, toma posse, na manhã desta quarta-feira (4), do cargo de vereador da capital. Ele substitui a colega de partido Tatiana Medeiros, presa e afastada desde abril de 2025 sob acusação de corrupção eleitoral e organização criminosa.
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Leondidas é empresário e historiador e recebeu 2.262 votos nas eleições municipais de Teresina, em outubro de 2024. A convocação dele acontece após dois meses do afastamento de Tatiana, determinado pela Justiça Eleitoral, conforme previsto no regimento interno da Câmara.
No entanto, a vereadora ainda não foi cassada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PI). Assim, continuará recebendo o salário de R$ 24,7 mil enquanto não houver decisão judicial sobre a sua cassação.
Durante o período em que Tatiana esteve afastada, a Câmara de Teresina, composta por 29 parlamentares, ficou com um a menos. Leondidas assume, a partir de sua posse, a cadeira vaga.
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Medidas da Câmara
O presidente da Casa, vereador Enzo Samuel (PDT), anunciou, em 15 de maio, a exoneração de todos os servidores comissionados do gabinete de Tatiana e a suspensão do pagamento da verba indenizatória — recursos destinados mensalmente ao custeio do mandato.
Um dos servidores afastados foi o padrasto de Tatiana, Stênio Ferreira, que era assessor especial da presidência da Câmara, indicado pela vereadora. O g1 não localizou a defesa dele.
Stênio também ocupava cargos comissionados na Assembleia Legislativa do Piauí (Alepi) e na Secretaria de Saúde do Piauí (Sesapi). Ele foi afastado de ambos.
Quanto à cassação da vereadora, o presidente lembrou que o afastamento do cargo não foi determinado pela Câmara, mas pela Justiça Eleitoral. Assim, o parlamento aguarda o fim do processo e a manifestação definitiva do tribunal.
Prisão domiciliar
Tatiana Medeiros, vereadora de Teresina pelo PSB
Reprodução/Instagram
A juíza Junia Maria Feitosa Bezerra Fialho, da 1ª Zona Eleitoral de Teresina, concedeu prisão domiciliar para a vereadora, que estava presa no Quartel do Comando-Geral (QCG) da Polícia Militar do Piauí (PMPI), desde 3 de abril.
A decisão da magistrada, contudo, manteve Tatiana afastada do mandato e impôs o uso de tornozeleira eletrônica.
Além do monitoramento eletrônico, que deve ser reavaliado em um período de três meses, a investigada não poderá sair de sua residência e ter acesso à internet.
A juíza definiu também que Tatiana está proibida de acessar às instalações da Câmara de Teresina e manter contato com servidores da Casa.
Em 22 de maio, a Justiça Eleitoral tornou réus Tatiana e mais oito pessoas, incluindo familiares da parlamentar, por organização criminosa, corrupção eleitoral e outros crimes.
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