Operação visa o cumprimento de 66 mandados judiciais, entre prisões temporárias e buscas e apreensões, nos estados de São Paulo e Minas Gerais. Até o início da manhã, 12 pessoas haviam sido presas. Operação combate criminosos que aplicam golpes usando perfis falsos de hotéis e pousadas no litoral do Piauí
Divulgação/SSP-PI
A Polícia Civil do Piauí (PCPI) deflagrou, nesta quinta-feira (26), a Operação Falso Check-In, voltada ao combate de golpes cibernéticos aplicados por meio de perfis falsos de hotéis e pousadas no litoral piauiense. A ação visa o cumprimento de 66 mandados judiciais, entre prisões temporárias e buscas e apreensões.
As ordens judiciais, expedidas pela Central de Inquéritos de Teresina, foram direcionadas aos estados de São Paulo e Minas Gerais, com base em inquéritos conduzidos pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que investigam os crimes de estelionato eletrônico e associação criminosa.
Até o início da manhã, 12 pessoas haviam sido presas em cinco cidades do estado de São Paulo:
São Paulo (capital): 14 prisões
Guarulhos: 3 prisões
Itapevi: 2 prisões
Osasco: 1 prisão
Praia Grande: 1 prisão
Segundo o delegado Humberto Mácola, titular da DRCI, os investigados fazem parte de estruturas criminosas organizadas, especializadas em fraudes virtuais. Eles criavam perfis falsos em redes sociais, simulando anúncios de hospedagens para enganar turistas. “Ofereciam valores atrativos para atrair vítimas e concretizar as fraudes”, explicou.
Preso confessa ter usado perfis falsos de hotéis e pousadas para aplicar golpes
Um dos presos em São Paulo confessou ter utilizado perfis falsos de hotéis e pousadas em redes sociais para aplicar golpes em vítimas (assista no vídeo acima).
Durante o interrogatório, o delegado Kleydson Ferreira, da DRCI, questionou o motivo da prisão, e o suspeito respondeu afirmativamente: “Sim, foi pelo golpe do Instagram”.
Ao ser questionado se era o golpe da pousada, o homem confirmou: “Isso”. O suspeito admitiu ainda que gerenciava um dos perfis usados para aplicar os golpes, mas afirmou que havia outros perfis administrados por terceiros: “Eu gerenciava um, mas outros não. Não sei quem era”, disse.
Além das prisões e buscas, a Justiça determinou o bloqueio de 22 contas bancárias vinculadas a investigados, visando garantir o ressarcimento futuro às vítimas dos golpes.
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Humberto Mácola destacou ainda a atuação integrada das Polícias Civis em outros estados no enfrentamento ao crime cibernético. “Não há fronteiras para a atuação da polícia judiciária, que atuará onde quer que o criminoso cibernético esteja, seja em território local ou em outros estados”, afirmou.
A Polícia Civil também alertou a população sobre os riscos de transações no ambiente virtual, especialmente ao lidar com perfis não verificados que oferecem valores muito abaixo do mercado ou condições excessivamente vantajosas.
A operação foi coordenada pela DRCI e contou com o apoio da Polícia Civil de São Paulo — por meio da Delegacia de Vigilância e Capturas-DOPE e das delegacias de Osasco, Itapevi, Praia Grande e Guarulhos — e da Polícia Civil de Minas Gerais, por meio da delegacia de São Sebastião do Paraíso.
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