Os réus falsificaram diversos documentos e ingressaram com uma ação judicial contra o Estado de Minas Gerais. A alegação falsa era de que um integrante do grupo, um homem em situação de rua, estava acometido por um câncer e precisava de medicamentos caros. A Justiça condenou três pessoas, incluindo uma assessora da Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Divinópolis e o namorado dela, responsáveis por uma fraude que resultou no desvio de R$ 656 mil do orçamento estadual da saúde.
Foram reconhecidas a prática de crimes de fraude eletrônica, corrupção, lavagem de capitais e associação criminosa. As penas variam de 19 a 43 anos de prisão.
Os bens apreendidos com os réus serão utilizados para ressarcir os danos materiais causados ao Estado. Ainda, a sentença fixou o pagamento de R$ 656 mil em danos morais coletivos. A sentença é da última sexta-feira (13).
A reportagem ainda não conseguiu contato com as defesas dos três condenados.
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Os réus, que estão presos preventivamente desde junho de 2024, foram alvo da operação Efeito Colateral, que foi deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Divinópolis e pela Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público do município.
A fraude
Conforme as investigações, os réus falsificaram diversos documentos e ingressaram com uma ação judicial contra o Estado de Minas Gerais.
A alegação era de que um integrante do trio, um homem em situação de rua, estava acometido por um câncer e precisava de medicamentos caros. Mas ele jamais teve a doença.
Até a deflagração da operação em junho, R$ 656 mil já haviam sido depositados pelo Estado na conta de um dos condenados.
O plano dos réus era receber R$ 1,6 milhão por meio da fraude, que foi articulada pela assessora lotada na Vara da Fazenda Pública e Autarquias de Divinópolis.
“A assessora se valia do cargo para obter informações e dar andamento nos trâmites processuais. A fraude foi ancorada em atestados médicos falsos e notas fiscais fraudulentas” , detalhou à época o promotor Leandro Willi, que é coordenador do Gaeco Regional Divinópolis.
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