
Quaraí, na fronteira com o Uruguai, foi a cidade mais fria do estado na manhã de sexta-feira (14). Em fevereiro, o município foi o mais quente do Brasil por dias seguidos. Tempo fica mais firme nesta sexta-feira no RS
No início de fevereiro, Quaraí, cidade na fronteira do Brasil com o Uruguai, foi o local mais quente do país por diversos dias seguidos. No ápice do calor, os termômetros do município registraram 43,5ºC, maior temperatura do estado em mais de um século.
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Cerca de um mês depois, a cidade gaúcha registrou, na sexta-feira (14), temperatura mínima de 8,8°C durante a manhã. Ou seja, entre fevereiro e março, a diferença entre as temperaturas é de quase 35ºC.
De acordo com o meteorologista Vitor Takao, da Climatempo, a queda na temperatura foi causada pelo avanço de uma massa de ar polar sobre o estado, que veio depois de uma frente fria. Segundo ele, ao longo do dia as temperaturas devem subir um pouco, por conta da exposição ao sol, falta de nuvens e ausência de chuva.
Outras cidades da região que também registraram temperaturas perto ou acima dos 40ºC em fevereiro tiveram uma manhã fria nesta sexta. É o caso de Alegrete (10ºC), São Gabriel (11ºC), Bagé (11,4ºC) e Santana do Livramento (11,6ºC).
Quaraí, na Fronteira Oeste do RS, na manhã em que registrou 8,8ºC (à esquerda) e com os termômetros marcando 50ºC em fevereiro (à direita)
Luiz Nunes/Arquivo pessoal
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Amplitude térmica
Por ficar em um local distante do litoral – tanto a oeste, quanto a leste – Quaraí e outras cidades da região registram temperaturas extremas, sejam frias ou quentes. Ernani de Lima Nascimento, professor do curso de Meteorologia da UFSM, explica o fenômeno, conhecido como continentalidade.
Quaraí, município de 20 mil habitantes, é marcado pelos extremos na temperatura: no último inverno, chegou a marcar -4ºC.
“Entre cidades gaúchas, está entre aquelas mais distantes do litoral. São as cidades mais suscetíveis a experimentar essa grande variabilidade de temperatura, com mínimas muito baixas no inverno e máximas muito altas no verão”, explica Ernani de Lima Nascimento, professor do curso de Meteorologia da UFSM.
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