Exames repassados pelo Estado serão distribuídos entre as 27 UBSs e ESFs. Teste rápido para dengue do tipo A será realizado em Presidente Prudente (SP)
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A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) inicia nesta quinta-feira (13) a realização de 24 mil testes rápidos de detecção de dengue para sintomáticos do Grupo A da doença, em Presidente Prudente (SP) (veja no fim desta reportagem os tipos de classificação da infecção).
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Os exames serão distribuídos entre as 27 unidades de saúde do município, ou seja, nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e nas Estratégias de Saúde da Família (ESFs).
Segundo a secretária da pasta, Débora Tiezzi, os testes podem ser realizados por pessoas que estejam entre o 1º e o 5º dias de sintomas da dengue clássica, de 2 a 65 anos, sintomáticos do Grupo A.
Ela explicou que os 24 mil testes enviados pela Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo auxiliarão na assistência e no acompanhamento aos pacientes e até poderão prevenir a evolução de agravantes, como a dengue do tipo B, por exemplo.
Também segundo Débora Tiezzi, mesmo que o resultado do teste rápido dê negativo, o paciente deverá continuar sob acompanhamento.
Ela ressaltou que o teste rápido não substitui a sorologia, ou seja, o exame de sangue que confirma o diagnóstico, positivo ou negativo, para a dengue.
“Os pacientes acompanhados nas UBSs e ESFs, com suspeita de dengue, precisam realizar a sorologia no sétimo dia, conforme a orientação que recebem das unidades de referência. É esse exame que confirma se eles tiveram ou não a dengue. Pelo resultado da sorologia, também podemos analisar as áreas mais afetadas da cidade, planejar as ações e estratégias”, explicou.
Em Presidente Prudente, a coleta da sorologia é efetuada com dia e horário agendados, com dois locais para realização, na UBS da Cohab e no Centro Médico de Especialidades.
Nesta terça-feira (11), o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPE-SP) deu um prazo de 15 dias para a Prefeitura apresentar um plano de medidas de combate à dengue em Presidente Prudente.
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Classificação da infecção
O infectologista Alexandre Naime, coordenador científico da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp), explica que a dengue tem quatro tipos de classificação do ponto de vista clínico:
Tipo A (dengue clássica) – apresenta febre, dor no corpo, articulações, vermelhidão, mas sem sinais de alarme, sem condição especial, sem risco social e sem comorbidades. O paciente deve ser monitorado com hidratação oral.
Tipo B (dengue clássica) – o paciente que não apresenta sinais de alarme, mas tem condições especiais, risco social ou comorbidades, como hipertensão, ter mais de 65 anos, diabetes, asma, obesidade. Ele pode apresentar evolução desfavorável e deve ter acompanhamento diferenciado. Também é indicado o monitoramento com hidratação oral.
Tipo C (sinais de alarme) – o paciente apresenta sinais de alarme e a doença pode evoluir para a forma mais grave. Apresenta queda na pressão arterial, vômitos, dor abdominal, diarreia, queda nas plaquetas. Hidratação deve ser venosa.
Tipo D (dengue grave) – extravasamento grave de plasma, levando ao choque evidenciado por taquicardia, extremidades distais frias, pulso fraco, hipotensão arterial (pressão muito baixa), sangramento grave, comprometimento grave dos órgãos.
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