Médico especialista tira as dúvidas os telespectadores sobre obesidade e o risco à saúde
O Piauí registrou um aumento de oito pontos percentuais no número de crianças e adolescentes, com idades entre 10 e 19 anos, com excesso de peso nos últimos dez anos. Na reportagem abaixo, veja as cinco cidades piauienses que apresentaram mais casos de obesidade infantil e os municípios com maior aumento percentual.
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Os dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (SISVAN), mantido pelo Ministério da Saúde, apontaram que o percentual de crianças e adolescentes com excesso de peso subiu de 18% em 2014, para 26% em 2024.
A capital Teresina está entre as cidades com mais casos de obesidade entre a faixa etária, no ano de 2024. Confira:
Teresina – 8.905 casos
Parnaíba – 1.145 casos
Piripiri – 1.131 casos
Esperantina – 856 casos
Picos – 774 casos
O aumento acompanha a tendência nacional, que aponta que um em cada três jovens com a mesma faixa etária apresenta excesso de peso. Entre as cidades com maior aumento percentual, está o município de Manoel Emídio, com crescimento de 31 pontos percentuais. Veja as cidades:
Manoel Emídio – 10,0% (2014) – 41,0% (2024) +31,0 p.p.
Novo Santo Antônio – 2,1% (2014) – 37,6% (2024) +25,5 p.p.
Padre Marcos – 21,0% (2014) – 36,1% (2024) +15,1 p.p.
Landri Sales – 20,3% (2014) – 34,5% (2024) +14,2 p.p.
Pajeú do Piauí – 23,4% (2014) – 35,7% (2024) +12,3 p.p.
Obesidade infantil cresce no Brasil
O levantamento nacional mostra que o sobrepeso entre crianças e adolescentes de 10 a 19 anos foi de 23% para 32% em dez anos, entre 2014 e 2024, um crescimento de nove pontos percentuais. De acordo com o levantamento, são 2,6 milhões de crianças e adolescentes na faixa etária com excesso de peso:
Sobrepeso: 1.542.975
Obesidade: 840.808
Obesidade grave: 237.228
🧑⚕️Especialista em saúde pública que participou da pesquisa, Fernanda Soares diz que o quadro retrata um cenário preocupante que afeta a próxima geração de adultos no país.
“O Brasil enfrenta hoje um quadro preocupante e crescente de excesso de peso entre crianças e adolescentes. (…) Esse cenário reflete mudanças importantes nos hábitos alimentares, sedentarismo e também desigualdades regionais. A dimensão do problema, além de relacionar-se diretamente com a saúde pública, também é econômica e social: sobrecarrega o sistema de saúde, aumenta custos futuros com doenças crônicas e compromete a qualidade de vida dessa população”, explica.
Aumento da obesidade infantil é apontado como um importante fator para o avanço da diabetes
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