Dois bebês com menos de seis meses morreram por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), no mês de maio. No último dia 20, o estado decretou emergência em saúde. As crianças são as principais afetadas pelo vírus
Jorge Júnior/Rede Amazônica
O Amapá enfrenta um surto de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) pelos Vírus Sincicial Respiratório (VSR). Nesta quinta-feira (29) foi confirmada a morte de dois bebês com menos de seis por gripe. Baseada em recomendações do governo estadual, o g1 preparou um guia de prevenção. (veja detalhes abaixo).
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O pediatra Cleison Brazão, responsável técnico do Pronto Atendimento Infantil (PAI), destaca que a principal preocupação é com as crianças. Nesse público, o quadro evolui para forma mais grave rapidamente.
“O que vai determinar a gravidade da evolução é o estado nutricional da criança, a imunidade, o histórico vacinal e os cuidados que os pais estão tendo em casa, como a higiene das vias aéreas e a alimentação”, explica o médico.
Veja medidas que podem prevenir as doenças:
Vacinação em dia, especialmente contra gripe e pneumococo; (disponível para crianças a partir de 6 meses, em todas as UBSs)
Alimentação saudável, evitando açúcar, ultraprocessados e priorizando frutas e fibras;
Higienização constante das vias aéreas (lavagem nasal e aerossol);
Evitar contato com pessoas gripadas e não levar crianças doentes à escola;
Acompanhamento pediátrico regular (puericultura).
Escolas de ensino infantil na capital adotaram o uso de máscaras entre os alunos também como uma medida de prevenção.
Uso de máscara foi adotado em escolas
Jorge Júnior/Rede Amazônica
Durante o período do inverno Amazônico, é comum o registro de síndromes gripais. Elas se dividem nos seguintes grupos:
Resfriado comum: coriza, congestão nasal, tosse leve e ausência de febre alta.
Gripe: febre alta, dores no corpo, mal-estar intenso e tosse persistente.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)/pneumonia: febre prolongada, falta de ar, dor no peito, chiado, tosse com secreção. Em casos graves, há sinais como retração no tórax, batimento das narinas e cansaço extremo.
Entenda o cenário da doença no Amapá
A Superintendência de Vigilância em Saúde (SVS) informou que o Amapá segue em nível de alerta ou risco para doenças relacionadas às síndromes respiratórias.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), até esta quinta, o Hospital da Criança e Adolescente (HCA) e o Pronto Atendimento Infantil (PAI) registram 92,16% de taxa de ocupação, sendo 47 internações por SRAG entre leitos clínicos e de tratamento intensivo (UTI pediátrica).
O vírus é agente causador de doenças como a bronquiolite, inflamação que dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Também há casos de Influenza A e B e Covid-19.
No último dia 20 de maio o estado decretou emergência em saúde. A decisão veio acompanhada de medidas como abertura de leitos, reorganização do fluxo de atendimento, adaptação das salas vermelhas e salas brancas: caracterizada por um controle rigoroso do ambiente, projetada especificamente para minimizar a contaminação.
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