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Vander Aparecido de Azevedo, de 46 anos, morador de Reginópolis (SP), é formado em enfermagem e conta que a ideia de fazer essas ações surgiu enquanto ele ainda atuava em um hospital da cidade natal. Ex-enfermeiro leva música e alegria a hospitais e asilos do interior de SP vestido de Papai Noel
Arquivo pessoal
Um morador de Reginópolis, no interior de São Paulo, dedica seu tempo e talento musical para levar alegria e conforto a quem mais precisa. Com um saxofone em mãos, Vander Aparecido de Azevedo, de 46 anos, se veste de Papai Noel e também de palhaço para visitar hospitais, asilos e escolas, tocando músicas e entregando presentes a pacientes e crianças.
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“Eu me sinto realizado quando vou a hospitais, lares de idosos, quando eu vejo que a música está fazendo a diferença na vida daquela pessoa, naquele momento, naquele instante e, quem sabe, durante todo o período de recuperação dela”, contou em entrevista ao g1.
Vestido de Papai Noel, policial penal leva música e alegria a hospitais e asilos
Atualmente, Vander trabalha como policial penal, mas sua formação acadêmica é em enfermagem. A ideia de fazer essas ações surgiu enquanto ele ainda atuava em um hospital da cidade.
“Eu comecei com essas ações quando trabalhava nos hospitais. Eu fazia essa abordagem com alguns pacientes através da música”, explica.
Vander começou a fazer apresentações em hospitais quando era enfermeiro em Reginópolis
Arquivo pessoal
Muito da inspiração para expandir suas apresentações para lares e escolas veio de sua infância, quando, nascido em uma família humilde, ele não teve as oportunidades que hoje busca oferecer às crianças.
“Quando eu era criança, via as casas decoradas, com presentes de Natal e até Papai Noel, enquanto eu não tinha nada disso. Percebi essa necessidade e, ao longo da minha jornada, encontrei pessoas solidárias, que ajudam a transformar a realidade daqueles que mais precisam”, relata.
Ex-enfermeiro leva música e alegria a hospitais e asilos do interior de SP vestido de Papai Noel
Arquivo pessoal
O impacto da música
Sua relação com a música começou na escola, quando tocava trompete em uma banda. Desde então, a música passou a ser um meio de conexão com as pessoas e, especialmente, uma forma de levar conforto a quem está em situações vulneráveis.
“Eu vou com uma equipe também, com a minha esposa. A gente leva caixa de som, bexiga, ursinhos. Tudo que a gente conquista é através de doações das pessoas, através do esforço de cada um, que tem um papel fundamental. E a minha esposa me ajuda muito nessa caminhada”, explica Vander.
Ele recorda de um momento marcante em que tocou para uma paciente na UTI do Hospital de Base de Bauru (SP).
“Tinha uma mulher que, eu lembro até hoje, estava isolada. Eu entrei tocando e, quando ela me viu, a reação dela foi imediata. Eu acho que aquilo a marcou muito”, diz.
“Uma pessoa uma vez me abordou e falou assim: ‘Vander, mas o paciente está entubado, por que você continua tocando?’. Eu respondi que o estímulo não se perde. A audição permanece, ele pode não conseguir se expressar, mas ele está ouvindo tudo. E tanto é verdade que os pacientes que estão em coma há muitos anos, depois, quando acordam, relatam detalhes das coisas que foram ditas para eles enquanto estavam entubados ou sonolentos”, finaliza.
Ex-enfermeiro leva música e alegria a hospitais e asilos do interior de SP vestido de Papai Noel
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