Nova imagem aérea mostra parte da estrutura ainda submersa no rio. A embarcação, que custou cerca de R$ 4 milhões, era responsável por levar atendimento médico a comunidades ribeirinhas. Governo de RO tenta resgatar barco hospital de afundou no rio Mamoré
Quase dois meses após o naufrágio, o governo de Rondônia ainda tenta resgatar o Barco Hospital Walter Bártolo, que afundou no rio Mamoré, em Guajará-Mirim (RO). A embarcação, que custou cerca de R$ 4 milhões, era responsável por levar atendimento médico a comunidades ribeirinhas, às margens dos rios Mamoré e Guaporé.
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Uma nova imagem aérea divulgada pelo governo de Rondônia mostra parte da estrutura do barco ainda submersa no rio. No vídeo, é possível ver balsas, maquinário ao redor da embarcação, equipes de mergulho e a movimentação de equipamentos usados na tentativa de levantar o barco (veja acima).
A operação de resgate foi iniciada entre os dias 6 e 11 de junho, com o envio de balsas, empurradores, guinchos, mergulhadores e maquinário pesado. Segundo o governo, uma base flutuante foi montada no local para dar suporte técnico às ações, que estão sendo acompanhadas por equipes da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), com foco na segurança e no cumprimento das normas ambientais.
Entre os dias 12 e 15 de junho, mergulhadores realizaram novas incursões subaquáticas e retiraram materiais soltos do interior da embarcação. Técnicos também iniciaram a soldagem de olhais metálicos no casco do barco, estrutura necessária para o içamento da unidade.
Além disso, teve início a preparação de um porto provisório, onde o barco hospital será atracado e destombado após ser retirado da água. Um terceiro empurrador e uma escavadeira hidráulica foram enviados para reforçar a logística da operação, que ainda está em andamento.
Relembre o caso
Barco Hospital afundando no rio Mamoré
Leonardo Mendes
O Barco Hospital Walter Bártolo, que pertence ao estado de Rondônia, naufragou no dia 30 de junho, em Guajará-Mirim (RO). Testemunhas disseram que, por volta de 2h40 da madrugada, a embarcação estava descendo com a força da correnteza o rio Mamoré. Alguns equipamentos, como freezer, geladeira e boias estavam flutuando no rio.
Em nota, a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau) disse que a embarcação, usada em atendimentos a ribeirinhos e indígenas da região, estava atracada na margem do rio Mamoré e havia retornado de uma missão há dois dias, realizada em parceria com a Prefeitura de Guajará-Mirim.
A nota também informa todas as licenças, laudos e manutenções do barco estão em dia e que aguarda o parecer técnico da Polícia Militar e da Marinha do Brasil, que estão conduzindo as investigações sobre as causas do ocorrido.
O que tinha no barco?
A Unidade de Saúde Social Fluvial Walter Bártolo está equipada com:
Consultórios médicos
Salas de enfermagem, triagem, nebulização, procedimentos e curativos
Sala de coleta e laboratório
Farmácia
Cozinha e lavanderia
O Barco Hospital Walter Bártolo, operado pelo Governo de Rondônia, foi adquirido por meio de uma compensação social realizada pela concessionária da Usina Hidrelétrica Jirau, a Energia Sustentável do Brasil (ESBR), com o objetivo de mitigar os impactos sociais decorrentes da construção da usina.
De acordo com a Jirau, o barco-hospital todo equipado custou R$ 4 milhões e foi entregue ao governo em 2016.